Páginas

Desafio Jovem Canoinhas

sexta-feira, 22 de abril de 2011

terapias contra o tabagismo

Estadão - Uma pesquisa norte-americana identificou uma via cerebral que regula a vulnerabilidade dos indivíduos às propriedades da nicotina que causam dependência. A descoberta, de cientistas do Instituto de Pesquisa Scripps, na Flórida, Estados Unidos, sugere um novo alvo para terapias contra o tabagismo.
A pesquisa teve seus resultados publicados na edição online da revista Nature neste domingo, 30. O trabalho examinou os efeitos de parte de um receptor, uma proteína àquela em que se ligam determinadas moléculas sinalizadoras, que responde à nicotina no cérebro.
Fumar tabaco é uma das principais causas de morte em todo o mundo, matando mais de 5 milhões de pessoas anualmente, de acordo com estatísticas citadas no estudo. O tabagismo é considerado a causa de mais de 90% das mortes por câncer de pulmão.
Os cientistas determinaram que a tendência ao tabagismo pode ser herdada: mais de 60% do risco de se tornar dependente da nicotina pode ser atribuído a fatores genéticos.
Os pesquisadores descobriram que os modelos animais com uma mutação genética que inibe essa subunidade do receptor consumiram muito mais nicotina do que o normal. Este efeito pode ser revertido com o aumento da expressão da mesma subunidade.
"Acreditamos que esses novos dados estabelecem um novo cenário para a compreensão das variáveis que motivam o consumo de nicotina e também das vias cerebrais que regulam a vulnerabilidade à dependência do tabaco", disse o coordenador do estudo, Paul Kenny. "Essa descoberta também abre caminho a alvos promissores para o desenvolvimentos de potenciais terapias contra o tabagismo."